domingo, 25 de março de 2012

Uma onda de calafrios tomou conta do meu corpo, fazendo minha febre de alma subir para graus assustadores. O calor das cobertas forradas de sentimentos obscuros não conseguia me manter aquecida, acarretando alucinações de símbolos nublados em um relance. Simultaneamente, foi como se o ar tivesse sido arrancado bruscamente de meus pulmões, mas rapidamente ele voltou, e então comecei a sentir cada célula do meu corpo queimar, meus órgãos se comprimiam desesperadamente e meu sangue parecia estar secando. Se alguém respirasse perto de mim, seria como se gelo tocasse minha pele, pois até mesmo a minha própria respiração gelava minha epiderme, penetrando e saindo de meus poros como finas agulhas bordando um chiffon de seda.
Meu espírito sentiu-se então por essas enfraquecido, e relutando com as vozes abafadas e ocultas, foi voltando aos poucos para o meu corpo conturbado... Conturbado por efeitos ainda sentidos e expostos nessa aparência agora lúgrube.