segunda-feira, 18 de julho de 2016

Um daqueles poemas que eu escrevo, esqueço e depois encontro perdido por aí...

Em um lugar cheio, me sentindo tão vazia, te encontrei
Com receio do desconhecido, mas também de tanto tempo já perdido:
Te olhei.
Pude perceber você me notando, com passos indecisos se aproximando, então... 
Me virei.
Pouco tempo ali enrolando, em um milhão de coisas pensando
Ouvi uma voz finalmente dizer: Ei!
Com o coração disparado, olhei logo para o lado e lá estava você.
Com seu olhar indiscreto e aquele sorriso modesto que bem de perto eu quis ver.
E sentir, e tocar... Beijar.

Você tão lindo e sincero, me tratando com tanto esmero
E eu sem rumo e confusa, cheia de ideias malucas
Não seria boa o suficiente pra você
E foi tão grande o desejo e ao mesmo o tempo o medo que logo após
Te deixei.
E no meu mundo solitário, com meus amores imaginários
Me enganei.
Te enganei e pensei, de tanto que errei, que não seria mais feliz.

Sempre te vejo e percebo, que o medo foi um dos meus maiores defeitos
E esse defeito me maltrata, me sufoca, me estraçalha
Não posso voltar no tempo, mas mesmo assim volto tudo aqui dentro
E pelo menos em pensamento
Eu te tenho, te mantenho e faço tudo direito
Enquanto aqui fora faço tudo errado, e continuo com o coração despedaçado
Fingindo nunca ter te amado
Chorando por não ter recomeçado

Com você.