segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Confusão de mim mesma

Eu costumava ser diferente, bem diferente do que sou hoje. Antes eu era uma imitação do que achava certo, um robô ambulante que media cada ato, cada palavra, cada gesto. E quando eu era assim, quando eu deixava uma parte oculta dentro de mim, eu me sentia uma completa estranha, um patinho feio no meio de pessoas que não se importavam com a forma que eu estava agindo, ou com o esforço que eu estava fazendo para não me desviar do caminho que eu achava ser certo.
O tempo foi passado, e eu comecei a perceber que não importava o quanto eu me esforçava, nem o quanto eu tentava ser igual e ao mesmo tempo era completamente diferente, ninguém reparava isso, ou reparava demais e fazia eu me sentir pior, como se eu estivesse agindo errado. Então eu cansei, cansei de tentar fazer com que tudo saísse perfeito, cansei de ter que engolir palavras, sufocar sentimentos, guardar tudo pra mim, como se eu fosse um livro de enigmas trancafiado e sem chance de ser aberto.
Hoje, eu sou o que restou de tudo o que eu senti e guardei um dia, mas sem medo de mostrar quem eu sou de verdade, não que eu faça esforço para que me entendam, ao contrário disso, continuo sendo uma estranha para muitos, continuo guardando muitas coisas pra mim. Acho que isso é ser discreto, eu posso guardar coisas pra mim ainda, isso é algo normal, que cada ser humano deve ter consigo mesmo, mas não tento mais esconder que eu sou assim, e se você ainda não me entende, esse é o meu eu, que não faz mais força para ser interpretada da melhor forma possível . E dessa vez, eu não vou pedir desculpas por ser quem eu sou.
p.s. eu não estou revoltada.

4 comentários:

Tepes disse...

Tem certeza que num ta revoltada??? =x
Mas você está certa ^^
Nós somos como árvores...Nossas raízes, que ficam escondidas debaixo da terra, é o que realmente somos, o que ninguem pode ver. Porém, a copa da nossa árvore, o que fica externo, o que todos podem ver, essa beleza, somos nós que fazemos, e temos que tomar cuidado para que nossa árvore floresça e não morra, e que ela seja frondosa e de bons frutos. Por isso temos que nos lembrar de não colocar pestes e ervas daninhas na árvore da vida dos outros, para que eles possam se tornar boas pessoas =a

Valeria Concuruto disse...

gostei Jú ,as vezes eu também gostaria de colocar pra fora meus sentimentos,mais ainda as guardo para mim... acho que algum dia vou colocar pra fora , e deixar de aceitar tudo como certinha,boazinha ...

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Estou me acostumando aos poucos com esta Juliana Carrara.. como diz a Lelê, instigante. E quer saber? Mesmo que eu tenha dúvidas às vezes ou busque desenfreada desfazer a confusão que fica minha cabeça quando não entendo seus atos, gradativamente, vou gostando sabe. Descobri isso a pouco tempo. Que eu gosto de como você rompe as barreiras do "comum" e do "aceitável". A ju de antigamente fazia um blog e me fazia ficar imensamente feliz como este? NÃO!